domingo, 15 de janeiro de 2012
A MORTE
A MORTE
Companheira inseparável no devir da existência
presença espectral agochando o inefável rosto
burato preto que nos engole com força centrípeta
pela que somos arrastadas com total veemência.
Às vezes quase posso sentir teus passos bem perto
e junto a mim um rasto de lamentos e angúrias
e os coraçons afligidos a baterem entre saloucos
mentres lá vai o futuro com um destino incerto.
Quando o jinete do apocalipse ergue sua fouçanha
a morte emerge do abismo para arrincar consciências
é o fim do caminho por desígnio deste fado maldito
fica só em nós o desacougo pela sua sinestra manha.
Mundo das ignotas tebras e dos ocasos eternos
que nos abrange de súpeto sem qualquer remédio
imposto pelo acaso dum acontecer que dita o rumo
dirigindo a nave misteriosa dos factos sempiternos.
Nom há qualquer possibilidade de impedir o avanço
pois cabalga a galope veloz até os confins do mundo
do norte, leste e oeste, ao sur que é o lugar predilecto
alimentando-se da miséria e fame com gosto ranço.
Palavra à que deves mostrar respeito e pôr distância
inevitável ainda que quereriamos adiar sua chegada
mentres interpretamos um papel neste imenso teatro
A Morte é coma o telom que cai com tuda arrogância.
Alguns querem mostrar que a todas trai a igualdade
mas que mortes fermosas entre dosseis, sedas e ouros!
outros morrem esquecidos e usurpada sua esperança
embora, que melhor morte quando for em liberdade!
BELÉM GRANDAL PAÇOS
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